13 fevereiro 2009

De Porto Bandão para cima

O Porto-Brandão é conhecido dos lisboetas pelos seus bons restaurantes, na verdade 2 ou 3 perto do cais, onde se come bom peixe e não só. As pessoas desembarcam almoçam (ou jantam) e voltam de barco. Porque os restaurantes ficam todos junto à praia e existem palmeiras por perto, provavelmente a imagem de Porto-Brandão que retêm está bem longe da realidade da pobreza, das casas a cair sem telhado, outras ainda com telhado, anunciando a ruína, os remendos nas fachadas, nas janelas, o desleixo, à excepção da igreja recentemente pintada e luzidia. O largo da igreja está rodeado de pequenos prédios de 2 andares a lembrar a habitação social e há uma paragem de autocarro standard.
Estrada acima é o desfilar de mais fachadas podres, casas velhas algumas com algum estatuto, desgraçadamente entregues ao passar do tempo. A espessura da zona construída é mínima, encravada na profundeza deste vale.
Há um outro lugar, pegado, a meio da subida, a Fonte Santa. Percebe-se por causa da paragem artesanal numa zona ligeiramente mais larga onde há um ou dois cafés marcando a existência de mais um núcleo habitacional. Garagens, um campo de jogos. Mais para cima há algumas vivendas mais modernas, algumas mesmo recentes e bem pintadas e depois a paisagem alarga-se, há espaço para hortas e deixamos o vale.
Chegámos cá acima à nova rotunda, no meio da qual passa o eléctrico chamado metro. Logo depois vem a "minha" paragem num passeio estreitinho onde se passa quase de lado entre as ervas altas e a estrada. Passaram menos de 10 minutos.
Depois 5 minutos a pé contornando o perímetro do campus para entrar na Faculdade pela porta (agora) principal frente às traseiras da biblioteca.

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