25 outubro 2010
A Estação Fluvial de Belém
Esta é uma estação que perdurou no tempo quase intocada. Lembro dela muito vagamente, quando em criança apanhava o barco para a Trafaria e depois a camionete para a Costa para ir à praia. Nessa altura eu não reparava na Estação, não havia nada de especial para reparar e a vontade de entrar no barco e partir era com certeza mais forte. Lembro-me que o barco tranportava carros (evidentemente não existia nenhuma ponte!) e das manobras para estacionar, tudo muito arrumadinho. E havia motos também.
Mas hoje olho para a Estação e parece-me quase um monumento.
Manteve a arquitectura, as portas, os bancos da sala de espera, o chão preto e branco, talvez até o tom de cor das paredes, acho que tem ainda um relógio na torre-farol. Há máquinas automáticas para carregar os tais bilhetes (chamam-se títulos de transporte...), mas ainda há um guichet para venda manual e informações. Claro agora há torniquetes para passar para o lado do embarque, uma espécie de gaiola, com porta automática que abre com o apito de uma sirene para ninguém entalar os dedos... Os assentos deste lado são de plástico, gelados, nada a ver com os solenes bancos de madeira da verdadeira sala de espera, também desconfortáveis mas pelo menos estão no interior, mais protegidos do frio e das humidades habituais destes lugares.
No ano passado ainda tinha um pequeno bar com o básico para clientes de passagem e um sítio para venda de jornais e revistas... tinha, porque naquele dia era cedo e estavam ambos fechados...talvez definitivamente?
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